04/07/2014 - 09h18min
A pesquisa pode ser definida como um conjunto de ações que visam à descoberta de novos conhecimentos, a fim de apontar soluções para problemas nas mais diversas áreas. Dinâmica por sua essência, a pesquisa exige atualização constante para preservar características fundamentais aos resultados científicos, como ineditismo, originalidade, pioneirismo, relevância, entre outros.
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), tem por missão promover soluções tecnológicas e sociais por meio de ações integradas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, visando ao desenvolvimento do Espírito Santo.
Com o objetivo de manter seus pesquisadores sempre atualizados com relação aos métodos científicos e qualificar a pesquisa do Incaper, o Centro Regional de Desenvolvimento Rural (CRDR) Centro Serrano promoveu, entre os dias 01º e 03 de julho, um curso sobre métodos de pesquisa científica.
Pra ministrar o curso, foi convidado o professor do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Víctor Hugo Alvarez Venegas, cujo currículo é respeitado não apenas no Brasil, mas em vários países da América Latina. “O professor Víctor Hugo é um profundo conhecedor de métodos de pesquisa. Pela proximidade que temos, já que ele foi meu orientador, e pelo apreço que ele tem ao Incaper, decidimos convidá-lo”, disse André Guarçoni Martins, pesquisador do Incaper e representante do grupo de pesquisadores do CRDR Centro Serrano.
O professor Víctor tem vasta experiência em pesquisa, adquirida em 50 anos como professor universitário, e pela sua participação em pesquisa em 18 dos 32 países presentes na Copa do Mundo. Há 20 anos é segundo vice-presidente e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, sendo ainda membro nato do Conselho de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais. É editor e revisor de várias publicações nacionais e internacionais e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Durante sua carreira, o professor Víctor orientou ou co-orientou mais de 100 alunos de doutorado ou mestrado, tendo publicado em torno de 150 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais com corpo editorial, vários livros e capítulos de livros e, pela sua preocupação com a qualidade das pesquisas, oito artigos para orientar o uso adequado de matrizes experimentais e de análises estatísticas em experimentos.
“O professor Víctor Hugo está destrinchando a pesquisa. Fala sobre análises estatísticas, delineamento das pesquisas, abordando não apenas os aspectos clássicos, já conhecidos, mas também os inovadores. Assim, vamos qualificar os resultados da pesquisa do Incaper, fortalecendo a instituição neste patamar de pesquisa científica. A ideia é consolidar conceitos e ordenar as informações utilizando os métodos adequados”, complementa Guarçoni.
“Institucionalmente, este é um treinamento extremamente importante. O professor tem qualificação do mais alto nível, e está atualizando os nossos pesquisadores no que se refere aos métodos quantitativos de avaliação de pesquisa”, disse José Aires Ventura, chefe de pesquisa do Incaper.
Participam do evento pesquisadores do Incaper, não apenas do CRDR Centro Serrano, mas também alguns profissionais do CRDR Centro Norte e do CRDR Sul Caparaó. Além de permitir a atualização das informações, o evento permite um debate de ideias, uma troca de experiências por meio de discussões. “Queremos transformar esse tipo de trabalho em algo constante. Pelo menos uma vez a cada ano, ou de seis em seis meses, queremos promover um curso como esse”, finaliza Guarçoni.
Método de pesquisa científica
De acordo com o professor Víctor Hugo Alvarez Venegas, é muito importante que se defina bem o método de uma pesquisa científica. “Os resultados da pesquisa serão tão bons quanto forem os métodos definidos no projeto que originou a mesma. Ao final, o que se pode ter são resultados e conclusões cada vez mais confiáveis, caso se utilizem métodos adequados para cada situação. O trabalho de pesquisa nunca será melhor e, ou, mais confiável do que o descrito no projeto, e os métodos são definidos no projeto”, falou Víctor.
No caso das pesquisas aplicadas, como as realizadas no Incaper, essa importância se intensifica. “Na pesquisa aplicada, há aumento das responsabilidades frente aos usuários (público-alvo) de nossos resultados, conclusões e recomendações. Se a pesquisa é realizada sem estar embasada no método científico (definição correta de hipóteses, objetivos concordantes com a realidade, material e métodos que alcancem a medida das expectativas, e conclusões confiáveis baseadas em testes de hipóteses), pode-se gerar tecnologias inadequadas e não confiáveis, que muitas vezes trazem prejuízos ao invés de lucros”, falou o professor.
Ele disse que o método científico é fundamento para realização de qualquer tipo de pesquisa, seja básica ou aplicada. “Espera-se que as universidades realizem pesquisas básicas para gerar novos conceitos, materiais, métodos e formação de capital humano bem qualificado, e os institutos sejam capazes de fazer a integração do conhecimento básico com as demandas dos agricultores, por meio da pesquisa aplicada. Digo isso, pois, ciência sem aplicação prática é como nuvem sem chuva”, enfatizou Víctor.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre - luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Carla Einsfeld - assessoria.imprensa@incaper.es.gov.br
Tel.: (27) 3636-9868 e (27) 3636-9865
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O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), tem por missão promover soluções tecnológicas e sociais por meio de ações integradas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, visando ao desenvolvimento do Espírito Santo.
Com o objetivo de manter seus pesquisadores sempre atualizados com relação aos métodos científicos e qualificar a pesquisa do Incaper, o Centro Regional de Desenvolvimento Rural (CRDR) Centro Serrano promoveu, entre os dias 01º e 03 de julho, um curso sobre métodos de pesquisa científica.
Pra ministrar o curso, foi convidado o professor do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Víctor Hugo Alvarez Venegas, cujo currículo é respeitado não apenas no Brasil, mas em vários países da América Latina. “O professor Víctor Hugo é um profundo conhecedor de métodos de pesquisa. Pela proximidade que temos, já que ele foi meu orientador, e pelo apreço que ele tem ao Incaper, decidimos convidá-lo”, disse André Guarçoni Martins, pesquisador do Incaper e representante do grupo de pesquisadores do CRDR Centro Serrano.
O professor Víctor tem vasta experiência em pesquisa, adquirida em 50 anos como professor universitário, e pela sua participação em pesquisa em 18 dos 32 países presentes na Copa do Mundo. Há 20 anos é segundo vice-presidente e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, sendo ainda membro nato do Conselho de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais. É editor e revisor de várias publicações nacionais e internacionais e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Durante sua carreira, o professor Víctor orientou ou co-orientou mais de 100 alunos de doutorado ou mestrado, tendo publicado em torno de 150 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais com corpo editorial, vários livros e capítulos de livros e, pela sua preocupação com a qualidade das pesquisas, oito artigos para orientar o uso adequado de matrizes experimentais e de análises estatísticas em experimentos.
“O professor Víctor Hugo está destrinchando a pesquisa. Fala sobre análises estatísticas, delineamento das pesquisas, abordando não apenas os aspectos clássicos, já conhecidos, mas também os inovadores. Assim, vamos qualificar os resultados da pesquisa do Incaper, fortalecendo a instituição neste patamar de pesquisa científica. A ideia é consolidar conceitos e ordenar as informações utilizando os métodos adequados”, complementa Guarçoni.
“Institucionalmente, este é um treinamento extremamente importante. O professor tem qualificação do mais alto nível, e está atualizando os nossos pesquisadores no que se refere aos métodos quantitativos de avaliação de pesquisa”, disse José Aires Ventura, chefe de pesquisa do Incaper.
Participam do evento pesquisadores do Incaper, não apenas do CRDR Centro Serrano, mas também alguns profissionais do CRDR Centro Norte e do CRDR Sul Caparaó. Além de permitir a atualização das informações, o evento permite um debate de ideias, uma troca de experiências por meio de discussões. “Queremos transformar esse tipo de trabalho em algo constante. Pelo menos uma vez a cada ano, ou de seis em seis meses, queremos promover um curso como esse”, finaliza Guarçoni.
Método de pesquisa científica
De acordo com o professor Víctor Hugo Alvarez Venegas, é muito importante que se defina bem o método de uma pesquisa científica. “Os resultados da pesquisa serão tão bons quanto forem os métodos definidos no projeto que originou a mesma. Ao final, o que se pode ter são resultados e conclusões cada vez mais confiáveis, caso se utilizem métodos adequados para cada situação. O trabalho de pesquisa nunca será melhor e, ou, mais confiável do que o descrito no projeto, e os métodos são definidos no projeto”, falou Víctor.
No caso das pesquisas aplicadas, como as realizadas no Incaper, essa importância se intensifica. “Na pesquisa aplicada, há aumento das responsabilidades frente aos usuários (público-alvo) de nossos resultados, conclusões e recomendações. Se a pesquisa é realizada sem estar embasada no método científico (definição correta de hipóteses, objetivos concordantes com a realidade, material e métodos que alcancem a medida das expectativas, e conclusões confiáveis baseadas em testes de hipóteses), pode-se gerar tecnologias inadequadas e não confiáveis, que muitas vezes trazem prejuízos ao invés de lucros”, falou o professor.
Ele disse que o método científico é fundamento para realização de qualquer tipo de pesquisa, seja básica ou aplicada. “Espera-se que as universidades realizem pesquisas básicas para gerar novos conceitos, materiais, métodos e formação de capital humano bem qualificado, e os institutos sejam capazes de fazer a integração do conhecimento básico com as demandas dos agricultores, por meio da pesquisa aplicada. Digo isso, pois, ciência sem aplicação prática é como nuvem sem chuva”, enfatizou Víctor.
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