quinta-feira, 20 de junho de 2024

VOVô. lino

 DECLARAÇÕES ao Padre Villa

          Na formação do processo dos indicados como cúmplice dos deploráveis

 factos atentatórios a liberdade de crenças, que se deram em

Matta-Pau, neste município, respondendo o humilde subseriptor destas linhas

as perguntas feitas, disse que não tinha a menor inimizade com o padre Luiz

Villa, ao que este mal educado e hipócrita sacerdote replicou dizendo que tinha

numa occasião receitado uma cangalha.

           O meu fim único vindo hoje a imprensa é declarar que este indigno sacerdote

e asqueroso homem faltou a verdade dizendo meu inimigo porque momentos antes

na presença do digno escrivão sr. Argeu Santos  cumprimentou-me dirigindo

nesta ocasião palavras amáveis. Porém do que esqueceu-se de certo s. rvma. é que

em pleno publico na Egreja desta cidade, na ocasião da bençam do s.s. sacramento

abusando do altar e do mandato que indignamente exerce amaldiçoou-me a a minha

família até a quarta geração. Diga-me r. revma, isto é digno de um sacerdote que se presa?

Então tão torpamente abusais assim das leis da Egreja amaldiçoando um homem sem

que possa provar, porque comette tamanha palhaçada?  Somente por intrigas procedeu

s. revma. por essa forma, mas depois de acto tenho passado melhor de saúde, meus

filhinhos que viviam adoentados estão gordinhos e gosam saúde. Já v. rvma. que até

lhe fiquei grato porque vossa maldição foi como se fosse a bençam do céu.

           Agora quer aceitar um conselho? Largue a batina, que para isso s. revma. não

tem propensão, e vá ser tropeiro ou pastorar porcos.

            Cidade de Muniz Freire, 1 de setembro de 1903.

             Lino Ribeiro de Assis


 

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