DECLARAÇÕES ao Padre Villa
Na formação do processo dos indicados como cúmplice dos deploráveis
factos atentatórios a liberdade de crenças, que se deram em
Matta-Pau, neste município, respondendo o humilde subseriptor destas linhas
as perguntas feitas, disse que não tinha a menor inimizade com o padre Luiz
Villa, ao que este mal educado e hipócrita sacerdote replicou dizendo que tinha
numa occasião receitado uma cangalha.
O meu fim único vindo hoje a imprensa é declarar que este indigno sacerdote
e asqueroso homem faltou a verdade dizendo meu inimigo porque momentos antes
na presença do digno escrivão sr. Argeu Santos cumprimentou-me dirigindo
nesta ocasião palavras amáveis. Porém do que esqueceu-se de certo s. rvma. é que
em pleno publico na Egreja desta cidade, na ocasião da bençam do s.s. sacramento
abusando do altar e do mandato que indignamente exerce amaldiçoou-me a a minha
família até a quarta geração. Diga-me r. revma, isto é digno de um sacerdote que se presa?
Então tão torpamente abusais assim das leis da Egreja amaldiçoando um homem sem
que possa provar, porque comette tamanha palhaçada? Somente por intrigas procedeu
s. revma. por essa forma, mas depois de acto tenho passado melhor de saúde, meus
filhinhos que viviam adoentados estão gordinhos e gosam saúde. Já v. rvma. que até
lhe fiquei grato porque vossa maldição foi como se fosse a bençam do céu.
Agora quer aceitar um conselho? Largue a batina, que para isso s. revma. não
tem propensão, e vá ser tropeiro ou pastorar porcos.
Cidade de Muniz Freire, 1 de setembro de 1903.
Lino Ribeiro de Assis
Nenhum comentário:
Postar um comentário