sábado, 19 de setembro de 2020
28 de março de 2003, o dia que perdi a Chefia de Reportagem na TV Gazeta e tive de passar a ser Pessoa Jurídica como Editor do Jornal do Campo
Quando a notícia chegou oficialmente, eu já tinha pleno conhecimento do seu conteúdo.
Ela havia chegado pela Rádio Corredor, o mais poderoso meio de comunicação me informara
em primeira mão, em linguagem direta, clara e ainda com exclusividade absoluta:
- eu havia acabado de perder a Chefia de Reportagem e duas horas extras contratuais.
1- Os ventos da notícia sopravam fortes.
Dei um longo tempo, respirei fundo e logo em seguida, iniciei o percurso familiar, liguei
para Eliane, minha esposa. Relatei o fato e a cena. A resposta foi instantânea:
- Ótimo. Teremos mais tempo.
2- Quando repassei a notícia para meu filho Augusto, 24 anos que com Caroline me deu um neto, ele não
pensou duas vezes e ligeiro me retornou:
- Vou te contratar para tomar conta do Rihan.
3- Com meu filho Vinícius, 21 anos, a conversa foi mais demorada. Precisava dizer que teríamos de adiar
a sua viagem para o México, onde ele iria encontrar-se com descendentes de libaneses que conhecera no ano de
2002, quando esteve no Líbano. Para mim foi a conversa mais demorada, mas em compensação foi a resposta rápida:
- Eu estava pensando em adiar a viagem.
4- Minha filha Helena, 16 anos, ouviu atentamente e logo em seguida não perdeu tempo, foi objetiva:
- O quê e onde vamos cortar.
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