1979 decidimos que o Natal seria celebrado com toda a simbologia do dia. A família estava reunida à sombra das frondosas arvores frutíferas da chácara de meus pais. Minha irmã Voninha, seu esposo Dr. Alfredo, duas filhas e dois filhos cadeirantes, vieram de Birigui, interior de São Paulo. Viajaram 1.300 kms para este que seria o último Natal com todos presentes. Isso porque minha mãe sofria de ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica, doença progressiva e incapacitante. Família muito católica, orações faziam parte da liturgia, comemorando o nascimento do menino Jesus. Enquanto isso, uma surpresa estava preparada e fazia parte da festa. Sem ninguém esperar, eis que surge o Papai Noel para a alegria da criançada. Dentro daqueles trajes escondia um grande e bondoso amigo Darcy Cunha, a quem reverencio. Ele já está no andar de cima com boa parte dos que estavam lá, naquele inesquecível Natal - meus pais, minha irmã Voninha e seus dois filhos Wagner e Luiz Carlos, meu companheiro Gildo, a boa Amália, que me ajudou nas tarefas do lar, meu irmão Gabriel José de Oliveira e seu filho Daniel Volpini e meu cunhado João Gilberto Machado Moura. Hoje cada um reúne em em suas casas seu pequeno grupo. Quero desejar um FELIZ NATAL para todos e para cada um em particular. Com esta mensagem eu me faço presente na casa de cada filho, de cada amigo e com a doce lembrança de um Natal inesquecível.
A distribuição dos presentes teve a colaboração do bom velhinho mas obedecia ao rito de "Amigo Oculto". Cada um fazia um pequeno discurso onde tentava descrever seu contemplado. Minha mãe, já na cadeira de rodas, teve muita dificuldade na fala. Foi preciso silêncio para ouvi-la. Tomada de emoção, assim ela o definiu: - "O meu Amigo Oculto tem o coração maior que o mundo"... E todos gritaram a uma só voz: É GILDO!!!!
Abraços fraternos,
Helena
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