Programa de compras do Governo Federal garante renda à trabalhadora rural de Goiás

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sexta-feira, 20 Março, 2015 - 14:45

Foto: Rafael Carvalho/MDA

Por muito tempo, a rotina de Geni Rodrigues, 65 anos, era procurar trabalho como boia fria. A dificuldade de uma renda fixa e as necessidades que a acompanhavam nesse período a fizeram mudar de vida. Há 17 anos, ela conseguiu uma parcela de terra no Assentamento Nova Aurora, no município goiano de Santa Isabel, distante cerca de 190 quilômetros da capital do estado. Foi quando tudo começou a mudar na vida da agricultora.

No início, Geni criava galinha, porco e vaca. Vivia da venda do leite e derivados. Passou a investir na produção de frutas e raízes, como a mandioca. Há quatro anos, passou a vender os produtos para a merenda escolar. Comercializava para o Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae) limão, mandioca, rosquinha e pão de queijo. Com a renda garantida pelo programa começou a investir na fabricação de polpas de frutas. “Eu fazia as polpas no congelador da minha geladeira”, lembra.

Foi com a renda garantida pelo Pnae que conseguiu montar uma pequena fábrica de polpa de frutas, que também são vendidas para escolas da região. “Já comprei quatro freezers, uma despolpadeira de frutas e um carro. Hoje vendo para escolas de quatro municípios”, comenta.

A maior parte da produção da agricultora é vendida para o Pnae e o restante vai para feiras da região. “É um mercado muito grande, tem muitas escolas aqui perto. A lei que determina que se compre da agricultura familiar é uma ótima oportunidade para a gente”, afirma.

Um exemplo de mulher guerreira, Geni ainda se empenha nas atividades da Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares do Assentamento Nova Aurora (Coopafana), que possui 46 associados, de 40 famílias do assentamento. “Na cooperativa somos 30% de mulheres. Eu sou uma das diretoras executivas e já fui presidente”, destaca.

A agricultora explica que parte da produção dos cooperados também vai para o Pnae, mas que o forte da produção local é o leite. Os agricultores integrantes repassam o produto para a cooperativa que vende a maior parte da produção para uma grande empresa do ramo. “São 300 mil litros de leite por mês na cooperativa”, afirma.

Tássia Navarro

Ascom/MDA