segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ele conseguiu vencer as drogas e o álcool e agora trabalha com carteira assinada - VITÓRIA


Carlos Antolini
Curso de Reciclagem de Resíduos Sólidos no CPTT
Morador de rua fez o tratamento no CPTT, recebeu o devido acompanhento e conseguiu deixar uma vida sem perspectivas até conseguir um emprego
Vítima do uso abusivo de drogas e álcool, o ex-morador de rua J.F.D.S., 37 anos, está com a vida completamente mudada há quase oito meses. Ele deixou as ruas e está trabalhando como autônomo, na função de ajudante de pedreiro, depois de melhorar com o tratamento oferecido gratuitamente pela Prefeitura de Vitória.
"Eu me vi no limite do inferno, usava crack, cocaína, passei uma vida muito triste durante quatro anos, mas, graças ao tratamento que faço no Centro de Prevenção e Tratamento de Toxicômanos (CPTT), estou recuperando minha total dignidade".
A fase de sofrimento na vida desse nordestino de Teresina (PI) está ficando só na memória. Desde março deste ano, ele tem sido acompanhado mensalmente pela equipe de profissionais que trata dos adultos usuários de álcool e outras drogas encaminhados pelo Serviço Especializado de Abordagem Social, realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).
Por meio do programa "Onde Anda Você?", ele aceitou receber o atendimento para combater o alcoolismo quando se encontrava "praticamente desfigurado", como define, e, há oito meses, não consome nenhum tipo de droga. Segundo ele, "o tratamento é maravilhoso e prestado por pessoas capacitadas, com internação, terapia ocupacional, palestras, brincadeiras, oficinas de costura, pintura e outras".
A vida desse homem está mudando tanto que ele acalenta alguns sonhos. "O primeiro é limpar meu nome, pois depois de ficar afundado nas drogas, viver uma fase de muita humilhação morando nas ruas, fiz muitas dívidas e acabei saindo do emprego que tinha como auxiliar administrativo". Ele lembra também que chegou a perambular pelas ruas como um mendigo, sem nenhuma higiene, e, para sobreviver, catava papelão para vender. "Todo o dinheiro que ganhava eu gastava com bebida e droga, nunca lembrava de comida. Um dia decidi abolir a droga da minha vida, depois de ter uma arma apontada para o rosto ao chegar numa boca de fumo. Aí radicalizei, não quis mais ser taxado de drogado", disse.
Atualmente, ele trabalha durante o dia, consegue conciliar o tratamento no CPTT e está planejando arrumar melhor a casa alugada para morar sozinho, no bairro São Conrado, em Vila Velha. "Pretendo comprar um guarda-roupa de presente de Natal, porque já tenho fogão, botija de gás, colchonete e geladeira", contou.
Com edição de Matheus Thebaldi

Informações à imprensa:

Janete Carvalho (jocarvalho@vitoria.es.gov.br)
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