Que venham os cubanos, portugueses, libaneses, sírios, africanos, haitianos, argentinos, espanhóis, suíços, alemães, franceses, ingleses, italianos, japoneses, chineses, coreanos, palestinos, bolivianos, norte americanos, noruegueses, russos, poloneses e gente de outras origens racial e geográfica.
Vou aguardá-los e abraçá-los, vou abrir a porta da frente.
Lá no início do Brasil, 1500, os portugueses chegaram sem pedir licença e entraram. Depois nos porões dos navios trouxeram aos milhares os negros africanos para ser a força de trabalho escravo e desumano. Os navios conhecidos como tumbeiros, porque muitos embarcaram na África e não desembarcam no Brasil, ficaram sepultados no Oceano Atlântico.
Mais adiante para tornar mais branca a população do Brasil, trouxeram os suiços, que no início dos anos 1800 vieram para Friburgo. Nos navios dezenas deles morreram e tiveram como última morada o Oceano Atlântico. Os negros já haviam experimentado esta situação.
Já no meio dos anos 1800 vieram outros europeus, tangidos pela fome nos seus países e empurrados pelos seus dirigentes que os via como proletários que deveriam tomar outro rumo, deixar a sua terra. Assim foram os alemães, italianos, espanhóis, pomeranos, libaneses, asiáticos e muitos outros grupos. O Brasil os acolheu, como sempre fez. Acolher é um verbo da alma brasileira, embora alguns não gostem de usá-lo e praticá-lo.
Já no século XX os banidos de suas pátrias arrasadas pelas guerras também foram acolhidas. É assim este Brasil multi colorido e multi racial, tenhamos a herança e a prática maldita da senzala e da casa do senhor de engenho.
Nas minhas veias corre o sangue do imigrante português e libanês; mas na dos meus filhos corre o sangue do imigrante suíço; nas veias do meu neto e da minha neta já corre o sangue do imigrante espanhol. Isto é o que eu sei. E o que eu não sei. Mais adiante, na próximas gerações vai correr outras sangue de outros povos.
Por tudo isto eu tenho de dizer para os que me querem ouvir e também para os que não me querem ouvir:2013... QUE VENHAM.
QUE VENHAM TODOS PARA O MEU BRASIL. QUE VENHAM SEMPRE, COMO VIERAM OS MEUS ANTEPASSADOS.
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