06/12/2012 - 08h01min
No dia 06 de dezembro é comemorado o Dia do Extensionista, profissional de grande relevância para a agricultura. Atuando como educador e animador de processos que culminam no desenvolvimento rural sustentável, o extensionista contribuiu para a melhoria da qualidade de vida das famílias que vivem no campo. Nesta data, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) aborda a importância desse profissional e aponta os desafios para essa área de atuação.
De acordo com o chefe do escritório local de Iconha, Fábio Dalbom, o extensionista tem o papel de identificar o potencial dos agricultores de base familiar e diagnosticar, de maneira participativa, os desafios que eles possuem nos aspectos produtivos, sociais e ambientais. “O extensionista deve partir do pressuposto de que o desenvolvimento de uma comunidade é um processo de diálogo, uma construção conjunta. Para isso, o profissional precisa ter comprometimento com o grupo assistido, presença contínua e duradoura no local e uma abertura para compreender todos os âmbitos que envolvem a sustentabilidade no campo”, afirma Fábio.
Ele também destaca que, cada vez mais, o trabalho do extensionista precisa ser feito por meio de equipes multidisciplinares. “É preciso observar a especificidade de cada área e articulá-la sob uma ótica global. Atualmente, a realidade do meio rural é muito diversa, pois além da produção, existem atividades artesanais, a agroindústria, o agroturismo, que exigem a atuação de profissionais de várias áreas de conhecimento”, comenta Fábio, que é formado em Ciências Sociais.
Articular os conhecimentos científicos dispersos e torná-los acessíveis aos agricultores familiares é outro papel importante desenvolvido pelo extensionista. “Os conhecimentos estão acumulados em vários locais, como nas universidades, nos centros de pesquisas e nos saberes das próprias comunidades. Temos o papel de ler a realidade do agricultor e analisar o que mais se adequa ao seu contexto”, aponta o extensionista e engenheiro Agrônomo do Incaper, Edegar Formentini. Ele também destaca o papel do extensionista no incentivo à organização coletiva dos agricultores, como em associações e grupos produtivos.
Desafios
Embora a importância desse profissional seja bastante evidente para o desenvolvimento do meio rural, ainda existem muitos desafios para quem atua na área de extensão. Um deles é avançar na implementação de um modelo sustentável. “Desde a ECO-92, a sustentabilidade passou a ser o novo marco a ser seguido pelas instituições e ainda é um desafio para o extensionista avançar sob essa perspectiva junto aos agricultores ”, avalia a técnica em agropecuária e extensionista do Incaper de Linhares, Renata Setúbal.
Ela aponta que os aspectos sociais e ambientais não podem estar dissociados da produção. “Garantir a segurança alimentar, por meio de alimentos saudáveis, e preservar nascentes para garantir acesso à água pela população são exemplos de como os aspectos da sustentabilidade devem orientar a ação do extensionista. Para alcançar esse objetivo, o agricultor precisa estar envolvido com a proposta, o que reforça a perspectiva de uma extensão como processo de diálogo com as famílias assistidas”, frisa Renata.
Para Edegar Formentini, o incentivo à extensão rural tem crescido nos últimos anos, sobretudo a partir da criação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), pelo Governo Federal, em 2003. Paralelamente, tem sido criados programas destinados à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “A conjuntura é propícia para que o extensionista fortaleça sua atuação, trabalhando para que os agricultores familiares acessem as políticas públicas que têm sido implementadas”, afirma Edegar.
Valorização
A importância do trabalho do extensionista pode ser confirmada a partir da renda média do agricultor familiar. De acordo com o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os agricultores familiares que não recebiam assistência técnica e extensão rural tinham renda mensal média de R$ 700,00, os que recebiam assistência esporadicamente, tinham renda duas vezes maior, e os que tinham assistência com frequência, tinham renda de R$ 2.139,00.
“No Incaper existem 255 extensionistas de várias formações profissionais, tanto de nível médio como superior, e são esses profissionais que respeitam os conhecimentos e saberes dos agricultores, sua experiência de vida e sua realidade cultural. Eles trabalham empenhados em facilitar o acesso dos produtores às políticas públicas disponíveis de modo a usufruir dos direitos sociais, do acesso a bens econômicos e culturais”, aponta o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo.
“Essa é uma data comemorativa que reconhece o valor desse profissional que atua diariamente ao lado dos produtores e agricultores familiares, ajudando-os na construção de um Espírito Santo social e economicamente justo, produtivo e sustentável. Parabéns a todos os nossos extensionistas”, conclui Evair.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Eduardo Brinco/Juliana Esteves/Luciana Silvestre
Texto: Luciana Silvestre / Eduardo Brinco
comunicacao@incaper.es.gov.br
Tel.: 3636-9865/3636-9868/9850-2210/9964-0389
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Facebook: Incaper
De acordo com o chefe do escritório local de Iconha, Fábio Dalbom, o extensionista tem o papel de identificar o potencial dos agricultores de base familiar e diagnosticar, de maneira participativa, os desafios que eles possuem nos aspectos produtivos, sociais e ambientais. “O extensionista deve partir do pressuposto de que o desenvolvimento de uma comunidade é um processo de diálogo, uma construção conjunta. Para isso, o profissional precisa ter comprometimento com o grupo assistido, presença contínua e duradoura no local e uma abertura para compreender todos os âmbitos que envolvem a sustentabilidade no campo”, afirma Fábio.
Ele também destaca que, cada vez mais, o trabalho do extensionista precisa ser feito por meio de equipes multidisciplinares. “É preciso observar a especificidade de cada área e articulá-la sob uma ótica global. Atualmente, a realidade do meio rural é muito diversa, pois além da produção, existem atividades artesanais, a agroindústria, o agroturismo, que exigem a atuação de profissionais de várias áreas de conhecimento”, comenta Fábio, que é formado em Ciências Sociais.
Articular os conhecimentos científicos dispersos e torná-los acessíveis aos agricultores familiares é outro papel importante desenvolvido pelo extensionista. “Os conhecimentos estão acumulados em vários locais, como nas universidades, nos centros de pesquisas e nos saberes das próprias comunidades. Temos o papel de ler a realidade do agricultor e analisar o que mais se adequa ao seu contexto”, aponta o extensionista e engenheiro Agrônomo do Incaper, Edegar Formentini. Ele também destaca o papel do extensionista no incentivo à organização coletiva dos agricultores, como em associações e grupos produtivos.
Desafios
Embora a importância desse profissional seja bastante evidente para o desenvolvimento do meio rural, ainda existem muitos desafios para quem atua na área de extensão. Um deles é avançar na implementação de um modelo sustentável. “Desde a ECO-92, a sustentabilidade passou a ser o novo marco a ser seguido pelas instituições e ainda é um desafio para o extensionista avançar sob essa perspectiva junto aos agricultores ”, avalia a técnica em agropecuária e extensionista do Incaper de Linhares, Renata Setúbal.
Ela aponta que os aspectos sociais e ambientais não podem estar dissociados da produção. “Garantir a segurança alimentar, por meio de alimentos saudáveis, e preservar nascentes para garantir acesso à água pela população são exemplos de como os aspectos da sustentabilidade devem orientar a ação do extensionista. Para alcançar esse objetivo, o agricultor precisa estar envolvido com a proposta, o que reforça a perspectiva de uma extensão como processo de diálogo com as famílias assistidas”, frisa Renata.
Para Edegar Formentini, o incentivo à extensão rural tem crescido nos últimos anos, sobretudo a partir da criação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), pelo Governo Federal, em 2003. Paralelamente, tem sido criados programas destinados à agricultura familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “A conjuntura é propícia para que o extensionista fortaleça sua atuação, trabalhando para que os agricultores familiares acessem as políticas públicas que têm sido implementadas”, afirma Edegar.
Valorização
A importância do trabalho do extensionista pode ser confirmada a partir da renda média do agricultor familiar. De acordo com o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os agricultores familiares que não recebiam assistência técnica e extensão rural tinham renda mensal média de R$ 700,00, os que recebiam assistência esporadicamente, tinham renda duas vezes maior, e os que tinham assistência com frequência, tinham renda de R$ 2.139,00.
“No Incaper existem 255 extensionistas de várias formações profissionais, tanto de nível médio como superior, e são esses profissionais que respeitam os conhecimentos e saberes dos agricultores, sua experiência de vida e sua realidade cultural. Eles trabalham empenhados em facilitar o acesso dos produtores às políticas públicas disponíveis de modo a usufruir dos direitos sociais, do acesso a bens econômicos e culturais”, aponta o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo.
“Essa é uma data comemorativa que reconhece o valor desse profissional que atua diariamente ao lado dos produtores e agricultores familiares, ajudando-os na construção de um Espírito Santo social e economicamente justo, produtivo e sustentável. Parabéns a todos os nossos extensionistas”, conclui Evair.
Informações à imprensa:
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Texto: Luciana Silvestre / Eduardo Brinco
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