Daqui vejo, pendurado na varanda, o sino de bronze que traz consigo muitas estórias. Vou contar a primeira delas. Eu estava grávida do primeiro filho. Nós morávamos afastados, no paiol da casa grande da fazenda que deu origem ao Bairro Gilberto Machado. Gildo teve que assumir a frente de um bar/restaurante, recém inaugurado. Isso implicava trabalhar a noite. Preocupado em me deixar sozinha, instalou um sino de bronze na janela do nosso quarto para eu chamar, caso precisasse, uma vizinha que morava próximo. É bom lembrar, que naquela época, não existiam celulares e nem todos tinham telefone fixo. Eu não tinha. Uma certa noite, chegou de viagem um primo dele que vinha de São Paulo. Não viu campainha mas viu o sino. Imaginou ser costume da terra. Sem titubear, tomou da corda e badalou o sino na maior animação. Foi o suficiente para surgirem, de todos os lados, pessoas para me socorrerem. O exagero foi o Gildo deixar todo mundo das redondezas, de sobreaviso. Dai a quantidade de gente que apareceu. Um evento! Não foi dessa vez.
Abraços fraternos,
Helena
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