Lembro-me muito bem que ao ler o primeiro livro feito por Frederico Muller em 1925 para as comemorações dos 50 anos de Santa Teresa, ele trouxe a memória, com seus relatos simples a importância dessa cidade que abrigou os imigrantes. Tenho várias citações e fotografias que este casarão foi antes da família de Frederico Gasparini Muller e seu irmão Paulino Muller, ex Prefeito de Vitória e que uma rua de Jucutuquara leva seu nome- Avenida Paulino Muller.
Estes ilustres filhos de Santa Teresa, sempre honraram o nome da família como tornaram Santa Teresa muito importante com seu modo de viver e morar sempre lembrando a história dos imigrantes no cenário nacional. Acho que Santa Teresa deve ser tombada como Patrimônio da Humanidade pela sua própria história , cultura e memória.
Reforço nos meus três livros e registro os acontecimentos e nossos casarios da época, como uma forma de alertar para a descaracterização e não perdermos nossa memória e história.
Vocês já pensaram nós sermos Patrimônio da Humanidade? E que importância nós seriamos no cenário nacional e internacional sem preservação? nenhum. Muito melhor a preservação e que teremos assim nossos dividendos, para manter nossa historia. Como é uma obrigação de se manter as cidades históricas, não precisamos de dinheiro de outros e sim o que é de direito por lei.
O morador desse casarão Dr. Frederico Muller tem o mérito de ser quase contemporâneo da imigração. nasceu em 06 de outubro de 1892. segundo Luiz Carlos Biasutti o nosso grande desembargador de Minas Gerais,, que Frederico foi o primeiro filho de Santa Teresa que concluiu o curso superior, sendo formado em direito pela faculdade do Rio de janeiro e também era tio da Virginia Gasparini Tamanini ( nossa grande escritora), conhecida internacionalmente).
A casa Lambert hoje um museu histórico, foi resgatada e restaurada e as suas condições eram bem piores que as condições, da Casa de Frederico Muller hoje Bassetti, uma família ilustre de imigrantes ,que também veio de Valsugana, interior de Santa Teresa para aí progredirem com seu comercio. A história é similar e pergunto não é melhor restaurar e mostrarmos para o Brasil e mundo que preservamos a nossa história? Porque derrubar? Não entendo os que não querem enxergar, pois o futuro nos aponta que este longo caminho que nossos imigrantes ocorreram e fincaram bandeira não foi em vão e sim nos aponta um diferencial em nosso modo de viver e morar com a preservação dos casarios e a terceira e quarta geração dos filhos de Santa Teresa, poderão usufruir de dias melhores.
Atentem para nosso diferencial que hoje poucas cidades do espirito santo ainda possuem. Porque perder esse diferencial? Nossos turistas eles admiram esse diferencial, o belo deixado pelos imigrantes, o bucolismo que compõe a nossa história. Não precisamos fazer elogios baratos e construções modernas, pois temos nossa história. Vamos só modelar , restaurar e preservar. Vejam como nossos quadrinhos dos imigrantes pendurados nas paredes fazem sucesso. Esse é o pouco que é muito.
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