Desde 1995, quando começaram a ser notificados, os casos de
dengue nunca foram tão altos quanto neste ano. Embora aindaestejamos no mês de julho, já chegamos a
72.166 registros, números que continuarão a crescer até dezembro.
De acordo com aSecretaria de Estado da Saúde (Sesa),
a explicação para isso é a entrada do sorotipo 4 isolado no Espírito Santo
no ano passado.
Como esse tipo de vírus não circulava por aqui, praticamente todos os capixabas estavam -
e ainda estão - suscetíveis a ele. “Quandoum paciente fica doente, cria imunidade contra
o sorotipo que o acometeu. Então, nesses últimos quase vinte anos,
o capixaba foisensibilizado contra os tipos 1, 2
e 3 da dengue”, lembra a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Gilsa Rodrigues.
Agora o cenário é diferente, pois o sorotipo 4 encontra caminho livre. Os 72.166 casos notificados até o dia 13
de julho ultrapassa emmuito os 54.648 registrados em
2011, até então considerados os mais altos (veja gráfico abaixo). “Desde quando o sorotipo 4 circulavana fronteira do Brasil, começamos a trabalhar a intensificação das ações de prevenção e
a possibilidade de vivenciarmos grandes surtose epidemias quando o
novo sorotipo entrasse no nosso Estado, alertando a população”, ressalta a coordenadora.
Combate
Mas, a falha no combate do
mosquito tem se mostrado persistente. “O vírus é diferente, mas o vetor é o mesmo. Gosta de águaparada e calor. Essa grande quantidade de casos mostra que a eliminação dos focos não está sendo eficiente.
O agente da denguevisita os domicílios regularmente, mas é preciso comprometimento da população”, esclarece.
Como 74% dos focos do mosquito estão dentro de
casa, Gilsa Rodrigues orienta que os capixabas elejam um dia da semana paravistoriar a residência à procura de reservatórios e interromper o ciclo reprodutivo. Essa medida evita o surgimento de novos vetores, jáque demoram cerca de nove dias para se desenvolverem do ovo à fase adulta.
“Nós teremos casos de dengue diminuindo até outubro e início de novembro, depois começam a aumentar de
novo com a chegada doverão. Então, o período que estamos agora é excelente para trabalhar a prevenção, já que estamos no inverno com
a temperaturamais amena. Se isso for feito, entraremos no verão com menos casos”, explica Gilsa.
Óbitos
Embora velha conhecida das pessoas,
a dengue ainda vem causando mortes no Espírito Santo.
Em 2009, foi quando se registrou omaior número de óbitos:
63. Em 2013, até a segunda semana de julho, a doença matou 19 capixabas (veja abaixo).
Em termosproporcionais ao número de casos de
dengue clássica, há uma redução, mas o número poderia ser nulo.
“Continuamos perdendo vida para a
dengue. Temos trabalhado muito no sentido de alertar a população sobre sinais e sintomas deagravamento da doença,
e também na outra ponta, promovendo capacitação profissional em todo Espírito Santo para aprimorar omanejo clínico. Temos que lembrar que esse é um problema que devemos combater em conjunto, poder público e população”, conclui.
Óbitos
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2008 – 16
2009 – 63
2010 – 17
2011 – 25
2012 - 11
2013 - 19
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos
Bonn/Maria Angela Siqueira Texto: Marcos Bonn marcosbonn@saude.es.gov.br Tels.:
3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776 asscom@saude.es.gov.br
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