quarta-feira, 10 de julho de 2013

Casa do Cidadão atende vítimas de discriminação e oferece orientação jurídica - VITÓRIA


Arquivo PMV SECOM
Recepção do Centro de Atendimento a Vítimas de Violência e Discriminação
Cavvid presta atendimento e dá orientações a pessoas que são vítimas de violência e discriminação
"Após três anos de luta na Justiça para ter o direito de ver o meu filho novamente, estou confiante de que minha história terá um final feliz. Nem acredito que poderei acompanhar seu crescimento e o terei comigo em datas importantes". A afirmação é do assistente administrativo W.R.T., 36 anos, que foi proibido de ter qualquer contato com o filho após assumir uma relação homoafetiva.
A criança, hoje com 9 anos, é fruto de um casamento que durou quatro anos e que em 2008 chegou ao fim. "Nosso relacionamento (com a ex-mulher) sempre foi muito conturbado. Em 2008, nos divorciamos e decidimos manter uma relação amigável por causa do nosso filho. Contudo, depois que revelei a ela a minha orientação sexual, em 2010, minha vida virou um inferno. Ela registrou várias queixas na polícia contra mim e me fez sofrer todo tipo de discriminação e humilhação", disse.
Diante disso, o assistente administrativo revelou que entrou em depressão e pensou em desistir da ação. Foi quando ficou sabendo dos serviços realizados pela Coordenação de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação(Cavvid), da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid), na Casa do Cidadão, e decidiu buscar ajuda.
"Eu já não tinha mais esperanças de que pudesse ter de volta o direito de ver o meu filho. Todos diziam para eu desistir. Foi quando vi uma reportagem sobre a Cavvid e percebi que eles poderiam me ajudar, uma vez que eu estava passando por tudo aquilo porque estava sendo vítima de preconceito. Lá, recebi toda orientação psicológica e jurídica necessária para seguir em frente nessa batalha judicial".
Agora, com a decisão favorável da Justiça, W.R.T. está regularizando os dias de visita ao filho. "Não vejo a hora de poder rever meu filho e restabelecer a relação que nos foi tirada. Minha orientação sexual não me tira a capacidade de ser pai e muito menos a responsabilidade em educar meu filho como qualquer outro pai", disse.
Arquivo PMV SECOM
Recepção do Centro de Atendimento a Vítimas de Violência e Discriminação
Coordenação de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação funciona na Casa do Cidadão

Atendimento

A Cavvid tem como objetivo trabalhar as dimensões das relações violentas tanto com a vítima quanto com o agressor, visando ao fortalecimento dos mecanismos psicológicos e sociais para que a pessoa possa enfrentar e superar a situação de violência ou discriminação na qual está envolvida.
"Apesar do apoio que recebi da minha família, eu sofria calado. Fui muito bem acompanhado por uma equipe espetacular, que me deu toda a liberdade para falar sobre o meu problema. Sei que, assim como eu, centenas de pessoas passam pela mesma situação. Por isso, aconselho todos que sofrem qualquer tipo de discriminação a buscar atendimento na Cavvid", disse.
Na Cavvid, o atendimento é prestado de maneira articulada com a rede socioassistencial do município e compreende o acolhimento, o acompanhamento social, psicológico, psicossocial e a orientação jurídica. Nos casos de violência doméstica e discriminação racial, são atendidos os moradores de Vitória e nos de discriminação por orientação sexual, os de todo o Estado.
Serviço
Coordenação de Atendimento às Vítimas de Violência e Discriminação (Cavvid)
Endereço: Avenida Maruípe, 2.544, 1º piso, bloco C, Itararé (Casa do Cidadão)
Telefones: (27) 3382-5464 e 3382-5465
Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas

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