Em 2013 o Batalhão da Polícia Militar Ambiental completa 25 anos de ações voltadas à proteção do meio ambiente. De janeiro a abril deste ano, 2.195 denúncias foram atendidas pela Polícia Ambiental. As denúncias possibilitaram a confecção de 5.578 boletins de crimes ambientais relacionados a desmatamento, comércio e armazenamento ilegal de madeira, prisão de animais silvestres em cativeiro e pesca ilegal em todo o Estado.
Os números de 2013 já são bem maiores que os registrados em 2012 no mesmo período (janeiro a abril).
Em todo ano de 2012, aproximadamente seis mil denúncias foram atendidas e mais de 14 mil boletins de ocorrências ambientais registrados. Entre esses registros, 1.545 se referem à pesca ilegal: 2.664 relacionados a desmatamento, apreensão de armas e outros tipos de equipamentos de degradação ambiental; 8.041 relacionados à caça, manutenção, maus tratos e tráfico de animais silvestres (1.032 canários da terra, 1.672 coleiros, 392 trinca ferros, 225 papagaios e outras aves foram apreendidas e recolhidas).
Além de ações diárias de fiscalização, o Batalhão realizou quinze operações em 2012, onde, na Operação Carnaval, 2.339 metros de redes foram apreendidos. Na Operação Defeso II, 566 quilos de camarão foram recolhidos, além de 317 quilos de lagosta desfiada, 464 quilos de pescado e 28 mil quilos de rede.
“Certamente os dados são reflexos de uma instituição organizada que investe na capacitação profissional de seus policiais e é verdadeiramente comprometida com a preservação do nosso meio ambiente. Temos intensificado as ações de fiscalização e atendido todas as denúncias relacionadas a crimes ambientais. A colaboração da população também é muito importante neste processo”, diz o tenente-coronel Francisco Gomes, comandante do Batalhão Ambiental.
Fiscalização atrelada à educação ambiental e à vida pessoal
Outro investimento do Batalhão são os eventos de educação ambiental que visam conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da preservação da natureza e o bom uso dos recursos naturais.
O capitão Eliezer Pontes, pioneiro na Polícia Militar Ambiental e hoje, comandante da 1ª companhia do Batalhão em Cariacica, acredita e promove a educação ambiental com palestras em escolas, além de desenvolver diariamente, com todos os policiais envolvidos, o amor e o compromisso de cuidar da natureza. O local onde a unidade do Batalhão está instalada, em Tucum, Cariacica, é um reflexo da boa vontade por parte dos policiais que preservam o ambiente bastante arborizado e próximo da natureza.
“Há 25 anos eu vesti a camisa e assumi o compromisso de honrar a minha instituição e a preservação do meio ambiente. Hoje, meus filhos tem orgulho do pai e policial militar ambiental, porque veem o exemplo que dou. Um dos meus filhos plantou uma muda de Pau Brasil aqui na companhia e mensalmente acompanha o crescimento da árvore. Todos da minha casa estão envolvidos com o meu trabalho e preservam o meio onde vivem”, diz o capitão.
Ele ressalta que para atuar no Batalhão é necessário dedicação, responsabilidade e, acima de tudo, gostar do trabalho que, muitas vezes, é árduo. “Já tivemos que limpar cerca de três mil caranguejos recolhidos, tirando resquícios de rede de pesca justamente para não machucar o animal. Isso perdurou de uma tarde até a madrugada. Mas isso faz parte do nosso trabalho e tudo é feito em prol da preservação ambiental”, diz o oficial.
Um dos momentos em que o militar se sente gratificado em atuar com a fiscalização do meio ambiente é ver animais que foram capturados ou que ficaram feridos por motivos diversos, poderem retornar ao seu habitat natural. Um exemplo disso foi o caso de uma onça ferida que precisou de tratamento médico.
“Certa vez, encontramos uma onça atropelada na estrada. Fizemos o socorro imediatamente. Ela foi submetida a uma cirurgia no maxilar, mas se recuperou bem e pôde ser devolvida ao seu habitat. Momentos como esse são muito especiais e gratificam todo nosso esforço em cuidar da natureza”, finaliza Pontes.
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