segunda-feira, 10 de junho de 2013

MUSEU DO CAFÉ CAPIXABA, O ESTADO MERECE SENHOR GOVERNADOR RENATO CASAGRANDE




                     O café e todo o seu entorno é no nosso Estado uma atividade fundamental, sem ele não sei o que seria do Espírito Santo. Foi em busca de novas terras férteis para o café que muitas famílias deixaram Minas Gerais e o Rio de Janeiro e vieram para cá, isto nos anos de 1800, com mão de obra escrava marcaram uma época.
                     Foi para tocar as lavouras que lá pelos anos de 1840 começaram a vir os imigrantes pomeranos, alemães, italianos, suíços, poloneses, libaneses, holandeses e muitos outros. Foi o café que tornou viável o nosso Estado.
                   Foi o café que levou muitos capixabas para o Estado do Paraná e lá ajudaram a implantar uma cafeicultura que rendia milhões de sacas todos os anos, mas que teve a sua trajetória obstaculada pela geada de 1975.
                   Foi o café que deste pequeno Estado fez surgir empresas que estão presentes nas maiores praças do comércio, com Rio de Janeiro e São Paulo- todos com grande destaque.
                   Foi o café que fez com que milhares de capixabas migrassem das terras do Sul e do Centro, para as áreas além do Rio Doce, ocupando todo território- onde as matas foram derrubadas para o plantio do café arábica, que cumpriu o ciclo natura da terra de derrubada que gerou grande produção, mas que teve logo adiante a sua decadência natural.
                   Foi neste tempo citado acima que o nosso Estado amargou uma grande erradicação e perdeu milhares de pessoas que migraram para Rondônia  e para as pequenas cidades e vilas do Espírito Santo. Mas milhares vieram para os centros maiores onde muitos ficaram marginalizados.
                   Foi o café na sua quase total agonia e sofrimento de milhares de capixabas que serviu de justificativa para a criação e funcionamento do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, o FUNDAP.
                     Foi o café conilon que aqui chegou pelas mãos do Governador Jeronymo de Souza Monteiro, no ano de 1911, hibernou até a década de 60 e hoje é o grande destaque de nossa economia. Tudo gerado por competência da nossa pesquisa, que herdou do extinto Instituto Brasileiro do Café- IBC os primeiros passos, também  no arábica.
                    É o café dos anos atuais implantados de forma racional e sustentável, que nos colocou definitivamente como o segundo maior produtor do Brasil. Atividade com base técnica e desenvolvido por produtores e produtoras competentes
                     Senhor Governador Renato Casagrande, nós temos de fazer o registro de nossa História, por isto sugiro que implante aqui no Espírito Santo o MUSEU DO CAFÉ CAPIXABA, numa demonstração de apreço às pessoas que nele trabalham, desde a lavoura, passando pelo comércio, torrefadores e exportadores.
                  Fica a sugestão e o pedido, Senhor Governador. Nós temos de contar a nossa História.

Ronald Mansur 10 de junho de 2013.

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