Atividades marcam o Dia Internacional de Combate à Homofobia em Vitória

Elizabeth Nader

Programação na Semcid teve encenação de peça de teatro e debate sobre homofobia

Apresentações culturais, exibição de filme e debate. Foi com essa programação que a Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (Semcid) celebrou nesta segunda-feira (20) o Dia Internacional de Combate à Homofobia, em alusão ao dia 17 de maio.

Além de relembrar que a homossexualidade não é doença, a data destaca a importância do caráter de protesto e de denúncia do combate à homofobia. "Em maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou a retirada do código de número 302.0 (homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, o que foi de suma importância no reconhecimento aos direitos da população de Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), pois caracterizava a homossexualidade como doença, distúrbio e/ou perversão", disse a gerente de Políticas de Gênero e Igualdade Racial da Semcid, Ariane Meireles.

A gerente destacou ainda que as atividades tiveram como objetivo dar uma maior visibilidade à temática "homofobia". "Desde a semana passada, foram realizadas diversas manifestações no Brasil e no mundo. Nosso intuito é discutir essa temática na capital, fazendo com que as pessoas discutam
a questão da diversidade sexual. A homofobia é um problema muito grave, que resulta em ações de violência verbal e física, podendo levar até a assassinato", disse Meireles.

Na ocasião, o público assistiu ao filme "Orações para Bobby", que retrata o preconceito enfrentado por um jovem dentro de casa após revelar sua sexualidade para a família. No filme, que é baseado em fatos reais, o jovem se suicida aos 20 anos. "O filme é muito emocionante e abre uma discussão na trilogia homossexualidade-família-igreja. Infelizmente, essa história ainda se repete muito em nossa sociedade", afirmou Meireles.

Além disso, o grupo de teatro amador Cobras e Lagartos encenou a peça "Quem realmente você é?", cuja temática evidencia o preconceito social enfrentado por uma jovem e um transexual por causa de sua orientação sexual. O grupo foi formado no ano passado por ex-alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Santa Rita de Cássia Silva Oliveira.